quinta-feira, 25 de outubro de 2007

QUE IGREJA TEMOS? QUE IGREJA SOMOS?

O modelo de igreja que se instalou e se perpetua no país mais parece um negócio como outro qualquer. Entendendo-se negócio como algo que é passível de transação, ou seja, de compra e venda, muitos entendem que a fé, a crença que a pessoa tem em uma divindade pode ser "comprada" ou " vendida". Tudo passa a ser uma questão de usar estratégias para melhor levar a mensagem, não certamente a de Jesus, mas a de seus dirigentes, posto que plena de "vantagens", "bênçãos sem fim", até por que para eles, qualquer cristão que está com dívidas, enfermo ou com outros problemas, certamente está em pecado, ou sequer é filho de Deus, pois Ele como "dono do ouro e da prata", não permite desemprego, falta de dinheiro ou doenças. Que visão deturpada! Essa corrente que é denominada de Confissão Positiva ou Teologia da Prosperidade, vem conquistando adeptos de forma extraordinária! Há até "show" da fé e outros eventos, em que marqueteiros de plantão concebem verdadeiros espetáculos midiáticos que expõem fé ou será má-fé? Há também todo um mercado "gospel" quer de discos, CDs e DVDs, até livros e materiais para igrejas, assemelhando-se a uma "quermesse junina" das comunidades católicas interioranas. Que pena!Em que se transformou a igreja brasileira! A busca maior parece ser - apenas - pelo crescimento, pela "casa cheia", e aí, até parece que os fins justificam os meios. E que meios...!Não sem razão temos assistido a escândalos que envolvem uma ou outra das denominações ditas neopentecostais. Certamente que há exceções, mas não são muitas, infelizmente. Nós da COMGRAÇA E PAZ nos sentimos meio que "remando contra a maré", posto que entendemos que ser cristão é seguir á Cristo e a Sua mensagem: impregnada de graça, de amor, de misericórdia, reconhecendo-nos pecadores, falhos e imperfeitos. Sabendo, também, que os problemas vêem, as doenças nos assolam, as dificuldades financeiras nos cercam - até porque vivemos em um país com um dos maiores e drásticos níveis de exclusão e de desigualdade social - mas nEle encontramos refúgio e socorro, além de cura e libertação. NEle a consciência da graça nos faz entender que:
na perda, ganhamos;
na doença, fortalecemo-nos;
na tristeza, encontramos razão para sorrir;
nos confrontos das "guerrilhas urbanas", encontramos paz;
na tribulação, abatemo-nos, mas não desfalecemos;
e, mesmo na morte, vivemos para a eternidade.